7 de março de 2013

Manchas


Você sabia que manchas na pele podem ser características de algumas doenças? Observe sempre a sua pele para identificar algumas dessas doenças.

Lupus

O lúpus eritematoso cutâneo é uma doença que afeta principalmente as mulheres, na idade entre 20 e 40 anos. São manchas vermelhas que aparecem nas áreas expostas ao sol, como o rosto, a região do decote, os braços e o couro cabeludo. Essas manchas apresentam descamação e crescem lentamente. No centro das manchas, parece que se forma uma cicatriz. Elas podem mudar de cor, variando para marrom ou branca. E raramente há comprometimento de outros órgãos.
O diagnóstico do lúpus eritematoso é feito através de biópsia da pele. É importante que os pacientes evitem a exposição ao sol, pois as lesões podem aumentar e piorar. Além disso, devem usar filtro solar diariamente, roupas de mangas longas (sem decotes), chapéus e bonés. O tratamento completo deve ser prescrito pelo dermatologista.

Nevos

Os dermatologistas chamam de nevos o que popularmente conhecemos como “pintas” ou “sinais”. Os nevos podem ter vários aspectos, variando de cor e tamanho em cada pessoa. Geralmente são marrons, e aparecem em qualquer lugar do corpo. Cada nevo tem o seu padrão de desenvolvimento; com o tempo, podem crescer e apresentar pêlos no local.
Normalmente os nevos aparecem até os 20 anos de idade. No entanto, a exposição solar está diretamente ligada ao seu aparecimento no corpo. Quanto mais exposto ao sol, maior o número de sinais. E quanto maior o número de queimaduras na pele decorrentes da exposição solar, maior o risco de se desenvolver um câncer de pele. Por isso, as pessoas de pele clara ou ruivas devem ter cuidado redobrado. Todas as mudanças nos nevos devem ser observadas e mostradas a um dermatologista.
As pessoas que têm mais de 100 nevos na pele têm maior risco de desenvolver o melanoma, o tipo mais agressivo de câncer de pele. Os nevos congênitos são aqueles presentes no corpo quando nascemos – 1 em cada 100 pessoas têm nevos congênitos. Essas pessoas também têm maior predisposição de desenvolver o melanoma. Por isso, as mães devem observar seus bebês e protegerem adequadamente sua pele do sol.
Os nevos maiores, com formas irregulares e variações de marrom devem procurar um dermatologista e observar sempre as mudanças nesse nevo. Esses nevos atípicos têm maior risco de se transformar em um câncer de pele.
A maioria dos nevos é benigna, mas os que apresentam alterações devem ser retirados para evitar complicações futuras.

Psoríase

A psoríase é uma doença de pele muito freqüente, de causa desconhecida e comum em pessoas da mesma família. Não é uma doença contagiosa, e pode ser tão discreta que o paciente não sabe que tem a doença. Em outros casos, pode ser muito severa e atingir grandes partes do corpo – nesses casos, é preciso calma e paciência para que o tratamento tenha sucesso.
A doença é caracterizada pelo aparecimento de manchas ou placas vermelhas no corpo com descamação intensa. As principais áreas que manifestam a doença são: joelhos, cotovelos, couro cabeludo e dorso. A psoríase inflama a pele, que fica bem vermelha e com aspecto espesso como escamas.
O dermatologista faz o diagnóstico de psoríase examinando a pele, as unhas e o couro cabeludo do paciente. Se existe dúvida no diagnóstico pode ser feita uma biópsia de pele. O tratamento é baseado na idade, no estilo de vida do paciente e na severidade do quadro de psoríase.

Vitiligo

O vitiligo é uma doença que destrói as células que contém o pigmento responsável pela cor da pele; por isso, aparecem manchas brancas no local. A causa da doença ainda é desconhecida, e na grande maioria dos casos não há nenhum prejuízo para a saúde. O vitiligo não é contagioso e nem hereditário, apesar de em alguns casos serem encontrados antecedentes familiares com a doença.
Os locais mais afetados são as mãos, pés, punhos, cotovelos, joelhos, rosto e região genital. Certos fatores podem desencadear o vitiligo em algumas pessoas, como ferimentos e inflamações na pele, queimaduras solares e estresse.
Dependendo da localização, da extensão e do tempo em que o vitiligo apareceu no corpo, a doença pode ser curada. No entanto, a ciência ainda não descobriu quais os fatores que determinam a possibilidade de cura. Assim, alguns pacientes conseguem resultados positivos, outros não.
Ou seja: existe um fator próprio em cada pessoa que determina a reação do corpo à doença. Os mesmos medicamentos utilizados em alguém que se curou podem não funcionar em outra pessoa. Não se sabe que fator é esse, e não se pode prever quem será curado ou não. Todo tratamento é uma tentativa.
O que sabemos é que o estado emocional influencia na manifestação e no tratamento da doença. Pessoas muito tensas, preocupadas, ansiosas e depressivas têm maior probabilidade de serem atingidas por novas manchas de vitiligo. Portanto, é necessário que o paciente tente aliviar as tensões emocionais para melhores resultados.
O tratamento do vitiligo pode variar desde o uso de medicamentos locais e por comprimidos, até a indicação de técnicas cirúrgicas, radiação ultravioleta ou laser. O dermatologista deverá indicar o melhor tratamento para o paciente, observando o tipo e o estágio do vitiligo. Geralmente o tratamento tem longa duração e exige disciplina e persistência, pois o resultado depende da capacidade de reação do organismo. No entanto, na ausência de tratamento, o vitiligo tende a aumentar e comprometer outras partes do corpo.

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