7 de setembro de 2011

Câncer de ovário não é detectado com Papanicolau


Laço da luta contra o câncer de ovário (Imagem: Oncoguia)





O câncer de ovário é um dos tumores ginecológicos mais difíceis de ser descoberto e, mesmo sendo relativamente raro, infelizmente, é um dos mais letais. Em 2008 foram diagnosticados 5530 casos em nosso país. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), tivemos cerca de 3000 óbitos pela doença.



E, justamente por não ter sintomas tão fáceis de detectar, cerca de 3/4 dos cânceres desse órgão apresentam-se em estágio avançado no momento da descoberta.



Por ser um tipo incomum, estudos ainda estão sendo realizados para que ele possa ser diagnosticado mais precocemente, diminuindo, assim, a mortalidade relacionada ao problema. Por isso é tão importante a mulher se conscientizar sobre os sintomas e as formas de prevenção da doença.









Laço da luta contra o câncer de ovário (Imagem: Oncoguia)



Os principais fatores de risco são:



Idade acima de 50 anos;



Obesidade;



Fazer terapia de reposição hormonal;



Tomar medicações para infertilidade;



Genética ou ter tido casos de câncer ovariano na família.



Sendo que este último é o fator de risco isolado mais importante, responsável por 10% dos casos. Além disso, nunca ter engravidado ou ter a primeira gravidez após os 35 anos também aumenta a chance de desenvolver o tumor.



Apesar disso, é essencial ressaltar que cerca de 90% dos casos de câncer de ovário ocorrem em mulheres que não apresentam fatores de risco.



Prevenção



Não existem métodos de prevenção específicos para este tipo de câncer, então, estar sempre com os exames em dia e atentar aos sintomas e fatores de risco é essencial. Pois o tratamento do tumor no estágio inicial permite cura na maioria das pacientes.



Porém, algumas medidas colaboram para diminuir os riscos. Veja quais são elas:



    A cada nova gravidez, o risco diminui – Quanto mais vezes uma mulher engravida, menor é a probabilidade de desenvolver um câncer ovariano. A amamentação também é uma forma de proteção.



    Mulheres que fizeram ligadura das trompas ou histerectomia (a retirada do útero).



    O uso de anticoncepcional, por no mínimo cinco anos, faz com que a mulher esteja menos exposta aos altos níveis de estrogênio.



    As mulheres com mais de 35 anos de idade, com histórico familiar relevante de câncer ovariano, podem fazer a remoção dos ovários.



    O exame preventivo ginecológico (Papanicolau) não revela o câncer de ovário, uma vez que é específico para o câncer do colo de útero. Então, o melhor método para avaliação periódica e preventiva dos ovários é o ultra-som transvaginal e transabdominal.



    Mulheres com mais de 40 anos de idade que se submeteram à Histerectomia deveriam conversar com o médico sobre a possibilidade de remover também os ovários.



    As que fazem reposição hormonal devem se submeter com frequência a exames ginecológicos e de imagem que controlam as alterações nos ovários.



    Exames de sangue específicos pedidos pelo médico podem ser feitos.



  A presença de cistos no ovário não é motivo para pânico. Só há perigo quando eles são maiores que 10 cm e possuem áreas sólidas e líquidas. Neste caso a cirurgia é o tratamento indicado.



Sintomas



O quadro clínico desse tipo de câncer, na fase inicial, não causa sintomas específicos. Mas, à medida que vai progredindo, pode causar pressão, dor ou aumento de volume no abdômen, pelve, costas ou pernas; náusea, desconforto digestivo, gases, prisão de ventre ou diarreia e cansaço constante.



Também podem aparecer outros sintomas, menos comuns, como a necessidade frequente de urinar e sangramento vaginal.



A maioria desses sintomas não significa que a mulher tenha tumor de ovário, mas serve de alerta para que ela procure um médico.



Tratamento



Se a doença for descoberta no início, principalmente nas mulheres mais jovens, é possível remover somente o ovário afetado. Mas diversas formas terapêuticas, como a radioterapia e a quimioterapia podem ser indicadas pelo oncologista.



A escolha  do tratamento vai depender do tumor, do estágio em que ele se encontra, da idade e das condições clínicas da paciente e se ele é inicial ou recorrente.



O principal é a paciente conversar com o médico, pois ele a orientará a respeito do melhor tratamento para o caso específico.



Fontes: Instituto Oncoguia e Instituto Nacional de Câncer.

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