No Brasil, são mais de 25 milhões de pessoas com mobilidade reduzida. O campeão paraolímpico Clodoaldo Silva, 32 anos, ressalta que o país precisa aproveitar a Copa do Mundo 2014 e as Olimpíadas 2016 para apresentar evolução neste trabalho que busca a melhoria da qualidade de vida e a defesa dos direitos das pessoas com deficiência.
“Daqui a cinco anos, mais especificamente em 2016, o Brasil irá sediar uma Olimpíada e, principalmente, uma Paraolimpíada. Neste período que antecede estes grandes eventos, passando pela Copa do Mundo de Futebol, em 2014, torço muito para que os nossos governantes sejam ambiciosos e tenham o pensamento de colocar o nosso país como uma das principais potências mundiais no que diz respeito a propiciar melhores condições de acessibilidade para essas pessoas tão especiais”, declarou o “Tubarão Paraolímpico”, que teve paralisia cerebral por falta de oxigênio durante o parto, o que afetou o movimento das pernas, ocasionando uma pequena falta de coordenação motora.
Edênia Garcia, melhor atleta paraolímpica do Brasil em 2010, tem 24 anos e possui uma distrofia muscular progressiva, chamada de polineuropatia sensitiva motora. Hoje, a atleta da seleção brasileira permanente de paranatação lembra com orgulho o que o esporte a proporcionou.
“Em 2011 comemoro 11 anos da prática da natação paraolímpica e neste período pude ver o quanto o esporte modificou minha vida. Poderia citar cada uma das mudanças, mas nessa luta o fator principal, realmente, foi poder ter uma qualidade de vida muito melhor do que antes. Ter uma deficiência não é fácil, mas com o esporte paraolímpico pude conviver lado a lado com essa deficiência e ainda atuar como cidadã”, comentou, destacando a importância de ter ajudado a família graças à natação. “Que possamos comemorar mais um Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência com muito esporte e saúde”, completou a nadadora.
“Desejo que essa data possa servir para os mais de 190 milhões de brasileiros como um momento para refletir e buscar novos caminhos em nossas lutas diárias. Espero que todas essas conquistas que consegui dentro e fora da água sirvam de inspiração para que pessoas com ou sem deficiência possam ser grande campeões no esporte. Mas, se não conseguirem ser grandes atletas, que possam ser grandes campeões na vida, tendo respeito, dignidade, sendo apenas cidadãos”, finalizou Clodoaldo Silva.
Fonte: http://www.deznarede.com.br