O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lançou nesta terça-feira (27), em Brasília, no Teatro Nacional Cláudio Santoro, em Brasília, campanha nacional para incentivar a doação de órgãos em todo o país e, com isso, alcançar a meta de 15 doadores Por Milhão de Pessoas (PMP), em 2015. Atualmente, este índice é de 11,1 (veja mais dados ao final do texto). Com o tema “Seja um doador de órgãos, seja um doador de vidas”, a edição deste ano da campanha procura conscientizar os brasileiros sobre a importância da doação de órgãos para transplantes. “O aumento do número de doações impacta diretamente no crescimento da quantidade de transplantes, beneficiando pacientes que dependem da cirurgia para sobreviver”, destaca o ministro.
No Brasil, a doação de órgãos é autorizada pela família do doador, sem a necessidade de um documento assinado pela pessoa que venha a falecer. Atualmente, o país registra uma taxa de 11,1 doadores por milhão de pessoas – são cerca de duas mil doações por ano, mais que o dobro da quantidade registrada em 2003 (quando foram contabilizados 893 doadores efetivos). “Nesta campanha, queremos incentivar a discussão sobre este importante tema e esclarecer as dúvidas da população, dando mais segurança aos familiares que precisam decidir no momento em que se perde uma pessoa querida. Cada um deve conversar com seus entes mais próximos, informando a sua vontade de doar órgãos”, ressalta o ministro Alexandre Padilha. “Por isso, a participação da população nesta causa é fundamental”, reforça.
O Brasil é referência internacional na realização de transplante por realizar o maior número de procedimentos por meio de uma rede pública de saúde – aproximadamente 95% das cirurgias são feitas pelo Sistema Único de Saúde de forma totalmente gratuita. O SUS oferece assistência integral ao paciente transplantado, incluindo exames periódicos, medicamentos pós-cirurgia, atendimento hospitalar em caso de emergência e apoio de profissionais como psicólogo, nutricionista, fisioterapeuta e assistente social.
AVANÇOS – Tanto na quantidade de doadores quanto no número de transplantes realizados, o Brasil apresenta avanços neste setor. A quantidade de doações efetivas de órgãos passou de 1.896, em 2010, para 2.144, este ano (projeção até o próximo mês de dezembro) – um crescimento de 13%. Quando comparado o primeiro semestre de 2010 com o mesmo período deste ano, o número de transplantes realizados também apresenta alta: passou de 10.150 para 11.242 procedimentos, um aumento de 10%.
A projeção do Ministério da Saúde é que, até o próximo mês de dezembro, sejam realizados mais de 23 mil transplantes no país. Em 2010, esta quantidade chegou a 21.040, o que representa um aumento de 65% em relação ao número de procedimentos feitos em 2003 (12.722). “Nossa expectativa é superarmos estas marcas ano a ano, como vem ocorrendo na última década”, afirma o coordenador do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), Heder Borba.
O país mantém crescimento sustentado não só na quantidade de doações de órgãos e cirurgias realizadas como também no volume de recursos aplicados no setor. O investimento anual do Ministério da Saúde no SNT, em 2010, ultrapassou R$ 1 bilhão. Este valor é quase quatro vezes maior que os recursos investidos no SNT há sete anos (R$ 327 milhões).
CAMPANHA –Os cartazes e filmes publicitários da campanha “Seja um doador de órgãos, seja um doador de vidas” começaram a ser veiculados nesta terça-feira, dia 27 de setembro, data em que se comemora o Dia Nacional da Doação de Órgãos. As peças serão veiculadas em TVs, rádios, internet, jornais e revistas. Materiais impressos também serão afixados em outdoors, busdoors, metrôs, MUBs (mobiliários urbanos) e elevadores.
No lançamento da campanha, foi apresentada a peça de teatro “Segunda Chance”, que aborda o tema. O espetáculo foi escrito e produzido pela atriz Kely Nascimento, viúva do ator Northon Nascimento, que passou por um transplante de coração. A peça estreia em São Paulo na próxima sexta-feira (30) e ficará em cartaz, no Teatro Ressurreição, até o dia 20 de novembro.
SUPERAÇÃO – Para sensibilizar os brasileiros sobre a importância da doação de órgãos para transplantes, o ator José de Abreu – protagonista da edição deste ano da campanha nacional – interpreta, nas peças publicitárias, personagem que decidiu doar os órgãos como um último gesto de solidariedade antes de falecer. As histórias traduzem a experiência da professora aposentada Maria Pia Albuquerque, 52 anos, que mora em Brasília e foi submetida a um transplante de coração pelo SUS.
A história de Maria Pia é um exemplo de superação. Em setembro de 2007, depois de um tratamento cardíaco que durou 23 anos, o médico deu o diagnóstico: a única possibilidadeda professora continuar viva seria a partir de um transplante de coração. “Foi quando eu pensei: minha vida agora depende do coração de outra pessoa!”, conta.
No mês seguinte, em outubro de 2007, ela foi encaminhada ao Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (IC-DF). O coração ideal para o transplante foi identificado um ano e quatro meses depois, na sexta tentativa, por volta de 23h do dia 3 de maio de 2009. Vinte e um dias depois da cirurgia, ela teve alta e voltou para casa, com saúde e garantia total de continuidade da assistência pelo SUS, incluindo acompanhamento médico, exames periódicos, atendimento hospitalar em caso de emergência e apoio de psicólogo, nutricionista, fisioterapeuta e assistente social.
ESTRATÉGIA – Durante o lançamento da campanha “Seja um doador de órgãos, seja um doador de vidas”, o ministro Alexandre Padilha também apresentou projeto desenvolvido pelo Comitê Estratégico para o Desenvolvimento de Novos Centros de Transplantes, coordenado pelo médico e professor Silvano Raia, pioneiro na realização de transplante de fígado no Brasil. O objetivo da medida é implementar centros de procura e captação de órgãos em “pólos-alvo” nos estados de Alagoas, Acre, Amazonas, Goias, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.
No Brasil, a doação de órgãos é autorizada pela família do doador, sem a necessidade de um documento assinado pela pessoa que venha a falecer. Atualmente, o país registra uma taxa de 11,1 doadores por milhão de pessoas – são cerca de duas mil doações por ano, mais que o dobro da quantidade registrada em 2003 (quando foram contabilizados 893 doadores efetivos). “Nesta campanha, queremos incentivar a discussão sobre este importante tema e esclarecer as dúvidas da população, dando mais segurança aos familiares que precisam decidir no momento em que se perde uma pessoa querida. Cada um deve conversar com seus entes mais próximos, informando a sua vontade de doar órgãos”, ressalta o ministro Alexandre Padilha. “Por isso, a participação da população nesta causa é fundamental”, reforça.
O Brasil é referência internacional na realização de transplante por realizar o maior número de procedimentos por meio de uma rede pública de saúde – aproximadamente 95% das cirurgias são feitas pelo Sistema Único de Saúde de forma totalmente gratuita. O SUS oferece assistência integral ao paciente transplantado, incluindo exames periódicos, medicamentos pós-cirurgia, atendimento hospitalar em caso de emergência e apoio de profissionais como psicólogo, nutricionista, fisioterapeuta e assistente social.
AVANÇOS – Tanto na quantidade de doadores quanto no número de transplantes realizados, o Brasil apresenta avanços neste setor. A quantidade de doações efetivas de órgãos passou de 1.896, em 2010, para 2.144, este ano (projeção até o próximo mês de dezembro) – um crescimento de 13%. Quando comparado o primeiro semestre de 2010 com o mesmo período deste ano, o número de transplantes realizados também apresenta alta: passou de 10.150 para 11.242 procedimentos, um aumento de 10%.
A projeção do Ministério da Saúde é que, até o próximo mês de dezembro, sejam realizados mais de 23 mil transplantes no país. Em 2010, esta quantidade chegou a 21.040, o que representa um aumento de 65% em relação ao número de procedimentos feitos em 2003 (12.722). “Nossa expectativa é superarmos estas marcas ano a ano, como vem ocorrendo na última década”, afirma o coordenador do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), Heder Borba.
O país mantém crescimento sustentado não só na quantidade de doações de órgãos e cirurgias realizadas como também no volume de recursos aplicados no setor. O investimento anual do Ministério da Saúde no SNT, em 2010, ultrapassou R$ 1 bilhão. Este valor é quase quatro vezes maior que os recursos investidos no SNT há sete anos (R$ 327 milhões).
CAMPANHA –Os cartazes e filmes publicitários da campanha “Seja um doador de órgãos, seja um doador de vidas” começaram a ser veiculados nesta terça-feira, dia 27 de setembro, data em que se comemora o Dia Nacional da Doação de Órgãos. As peças serão veiculadas em TVs, rádios, internet, jornais e revistas. Materiais impressos também serão afixados em outdoors, busdoors, metrôs, MUBs (mobiliários urbanos) e elevadores.
No lançamento da campanha, foi apresentada a peça de teatro “Segunda Chance”, que aborda o tema. O espetáculo foi escrito e produzido pela atriz Kely Nascimento, viúva do ator Northon Nascimento, que passou por um transplante de coração. A peça estreia em São Paulo na próxima sexta-feira (30) e ficará em cartaz, no Teatro Ressurreição, até o dia 20 de novembro.
SUPERAÇÃO – Para sensibilizar os brasileiros sobre a importância da doação de órgãos para transplantes, o ator José de Abreu – protagonista da edição deste ano da campanha nacional – interpreta, nas peças publicitárias, personagem que decidiu doar os órgãos como um último gesto de solidariedade antes de falecer. As histórias traduzem a experiência da professora aposentada Maria Pia Albuquerque, 52 anos, que mora em Brasília e foi submetida a um transplante de coração pelo SUS.
A história de Maria Pia é um exemplo de superação. Em setembro de 2007, depois de um tratamento cardíaco que durou 23 anos, o médico deu o diagnóstico: a única possibilidadeda professora continuar viva seria a partir de um transplante de coração. “Foi quando eu pensei: minha vida agora depende do coração de outra pessoa!”, conta.
No mês seguinte, em outubro de 2007, ela foi encaminhada ao Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (IC-DF). O coração ideal para o transplante foi identificado um ano e quatro meses depois, na sexta tentativa, por volta de 23h do dia 3 de maio de 2009. Vinte e um dias depois da cirurgia, ela teve alta e voltou para casa, com saúde e garantia total de continuidade da assistência pelo SUS, incluindo acompanhamento médico, exames periódicos, atendimento hospitalar em caso de emergência e apoio de psicólogo, nutricionista, fisioterapeuta e assistente social.
ESTRATÉGIA – Durante o lançamento da campanha “Seja um doador de órgãos, seja um doador de vidas”, o ministro Alexandre Padilha também apresentou projeto desenvolvido pelo Comitê Estratégico para o Desenvolvimento de Novos Centros de Transplantes, coordenado pelo médico e professor Silvano Raia, pioneiro na realização de transplante de fígado no Brasil. O objetivo da medida é implementar centros de procura e captação de órgãos em “pólos-alvo” nos estados de Alagoas, Acre, Amazonas, Goias, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.