Antes de fazer qualquer coisa e resolver jogar tudo ao alto, é preciso analisar uma série de fatores
O assunto de hoje pode deixar alguns profissionais bastante incomodados, mas às vezes é necessário cutucar nestas “feridas” pelo bem do próprio profissional – tanto na carreira quanto na saúde. Logo explico, perguntando: você está satisfeito com seu atual emprego? Em caso de um “positivo”, fico muito feliz por você. Porém, se a resposta foi um “negativo”, desafio para uma boa reflexão.
Muitos profissionais insatisfeitos nada fazem para mudar sua situação, e isto é um problema. Inegavelmente, cada situação requer uma atitude, mas existem, sim, uma série de caminhos e saídas para cada problema. Falarei de algumas dessas, mas nada de ir direto para o RH pedir sua demissão – pois nem todas as dicas se aplicam a todas as situações, a reflexão bem ponderada é necessária.
Primeiramente, a insatisfação provavelmente vem de algum lugar/pessoa/situação/condição. Por isso, analise o quê exatamente lhe causa descontentamento. As possibilidades são quase infinitas: um chefe ou colega ineficaz, clima organizacional ruim, falta de desafios, estagnação na carreira, aspirações maiores do que a empresa pode oferecer salário inadequado para a função que você exerce etc.
Com base nesta reflexão, determine se a origem do problema vem por intermédio de situações que a empresa determina/proporciona, ou se você mesmo é o criador destes descontentamentos. Saber isso já resolve mais da metade dos problemas, principalmente quando se descobre que você é o causador deles, é como ter a faca e o queijo nas mãos. Mas, se o problema vem de terceiros (colegas, empresa), pode, sim, ser um pouco mais difícil de solucionar.
Com o problema encontrado, vem um novo questionamento: é possível resolvê-lo? O profissional deve entender que tudo que está além de seu controle ou deve ser aceito ou ser evitado (caso não possa ser resolvido de alguma maneira). Aceitar é como “aprender a conviver com isto”, ou simplesmente esquecer o fato. Mas, se o caso é evitar que o fato continue acontecendo com você, há várias maneiras de colocar um ponto final nisso, e a demissão é uma dessas maneiras.
Mas, antes de fazer qualquer coisa e resolver jogar tudo ao alto, é preciso analisar uma série de outros fatores. Como anda sua network? Ela deve ser “cultivada” e mantida ativa sempre, não somente na hora do desligamento. Por isso, antes de tomar qualquer atitude, reative-a.
Além disso, é preciso analisar sua empregabilidade. Você está dentro das expectativas do mercado quanto à qualificação? Se a sua empresa oferece subsídios para estudos, não há porque não utilizar destes recursos, é importante valorizar as empresas que apostam na qualificação constante de seus funcionários. Afinal de contas, não é a empresa a responsável pelo futuro da carreira do profissional, mas somente ele.
Ser reclamão, conformado, preguiçoso, imóvel ou um criador de problemas são outras atitudes fáceis para o profissional criar, incorporar e ser, evite isso. Agora, se acabar entrando em outro emprego que não lhe satisfaça, não se frustre. O emprego ideal para você pode não ser o próximo. Bernt Entschev