4 de abril de 2013

Entrevista MS | Vice-presidente de ONG elogia cartilha para diagnóstico do autismo




No Dia Mundial da Conscientização do Autismo, o Ministério da Saúde lançou diretrizes para o diagnóstico e o tratamento do autismo no Brasil, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Entre as novidades, está uma cartilha utilizada para identificação precoce do problema, em crianças com até três anos de idade. O Jornal da CBN, com o âncora Roberto Nonato, conversou com a vice-presidente da ONG Autismo & Realidade, Paula Balducci, sobre o documento.
Roberto Nonato - É positiva, Paula, essa cartilha lançada pelo Ministério da Saúde?
Paula Balducci - É muito positiva. São diretrizes, indicações de como deve receber estes alunos, como deve fazer o diagnóstico desses alunos, como encaminhar, tratar e acolher. Então é muito positivo.
RN - Esse diagnóstico como é feito atualmente pode demorar um pouco para ser feito? Como é o acesso ao atendimento hoje no Brasil para quem tem o autismo?
PB - Olha, é muito precária. O diagnóstico antes dos três anos não dá para ser definitivo, mas, com o diagnóstico provisório, tem que começar a intervenção. Na dúvida, tem que começar a intervenção, porque quanto mais cedo melhor. Agora, no Brasil ainda que encontre pessoas que tratem, os cuidadores não estão em números suficientes para atender toda a demanda. Então ações estão sendo criadas, isso é maravilhoso, mas a gente também tem que cuidar para capacitar profissionais, professores, familiares, pais, porque são eles quem vão cuidar dessas crianças quando eles ficarem adultos.
RN- Essa inserção ocorre hoje, né?!
PB- Não, não ocorre. Numa minoria sim, minha própria filha é um caso. Mas na maioria das vezes não tem.
As escolas rejeitam porque não sabem tratar, não sabem como receber, os professores não sabem como lidar, muitos pais também não sabem como fazer… A proposta da nossa ONG é levar muita informação, e informação atualizada, com respaudo científico, porque com informação a gente acaba reduzindo o preconceito.
RN -  Paula, cada paciente tem um tratamento indicado, por que cada um tem sua particularidade?
PB - Sim, como nós, cada autista tem um modo de ser. Então, apesar de ser uma crise que envolve a todos, cada um vai ter suas características. E em cima de cada uma dessas características é que precisa ser trabalhada, para ser feita a prevenção.
RN - Paula Balducci, vice presidente da ONG Autismo e Realidade, comentando conosco essa iniciativa do Ministério da Saúde de lançar diretrises para o diagnóstico e tratamento do autismo no Brasil, no âmbito do SUS, e entre as ações está esta cartilha para identificação precoce do problema em crianças com até três anos de idade.
Serão distribuidos cerca de 100 mil exemplares da cartilha para médicos e profissionais de saúde do SUS, em todo país. E como disse a Paula Balducci, sem dúvida é importantíssimo.
Acesse a cartilha:

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