Por Diogo Silva
O coco verde é um dos produtos mais consumidos no litoral brasileiro. Garante a hidratação e a nutrição do corpo nos dias mais quentes, ao repor os minerais que são perdidos com a transpiração. O coco, porém, após ser consumida a sua água, representa um desafio para a administração das cidades. Descartados na areia, levam cerca de dez anos para se decompor e, durante esse tempo, podem servir de abrigo e alimento para algumas pragas.
Dados da Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana), do Rio de Janeiro, indicam que o coco representa 60% do lixo coletado nas praias da cidade. Entre 36 e 42 toneladas são recolhidas em uma semana, durante a alta temporada. Nos finais de semana, a quantidade sobre para 60 a 72 toneladas no sábado e 90 a 108 toneladas aos domingos.
Algumas iniciativas já estão sendo desenvolvidas, no país, para dar um destino ambientalmente correto para esse tipo de resíduo. No Rio de Janeiro, o Projeto Coco Verde realiza a reciclagem da casca do coco, em um processo que dá origem a diversos produtos.
A empresa foi criada em 1999, quando apenas vendia a fruta. No decorrer da atividade, deparou com o problema das cascas de coco geradas pelo seu próprio negócio. “Após inúmeras pesquisas, foi desenvolvida uma tecnologia única para reciclagem e transformação desse resíduo em vários produtos. Isso se tornou a atividade principal da empresa, garantindo a sobrevivência e o crescimento da mesma”, diz Philippe Jean Herni Mayer, gerente de projetos da Coco Verde RJ.
Por meio do processo de reciclagem são reaproveitadas, principalmente, as fibras do coco, que resultam em produtos para paisagismo, jardinagem e decoração, como vasos que substituem o xaxim, uma planta ameaçada de extinção no país. A fibra reciclada também pode ser aproveitada como isolante térmico e acústico e na fabricação de forros de carros, estofamentos e cordas.
Em Fortaleza (CE), a CoobCoco (Cooperativa de Beneficiamento da Casca do Coco Verde), utiliza tecnologia desenvolvida por pesquisadores da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) para a reciclagem do coco. O pó resultante do processo, além das fibras, também é aproveitado, sendo utilizado para a produção de substratos agrícolas.
Projeto Premiado – No início de agosto, o professor Eraldo Martins, do curso de edificações da Escola Técnica Estadual Professor Agamemnom Magalhães (ETEPAM), em Recife (PE), venceu a etapa nacional do prêmio Educadores Inovadores, promovido pela Microsoft, com o projeto Construcoco.
O projeto prevê a utilização da fibra do coco em conjunto com barro para a fabricação de tijolos. “Não escolhemos o coco à toa. A decisão foi feita após considerar os benefícios à sociedade que o projeto poderia trazer. Dados da Elus, empresa de limpeza urbana de Recife, mostram que 70% do lixo gerado na faixa litorânea é proveniente do coco”, diz o professor Eraldo Martins.
A expectativa, agora, é conseguir uma máquina de prensa hidráulica para a fabricação dos tijolos e outra para triturar o coco verde. “Acreditamos que, com os equipamentos necessários para estudo e desenvolvimento do projeto, será possível construir e levar esse conhecimento a diversas instituições, comunidades e projetos sociais”, declara Eraldo.
De acordo com o professor, muitas empresas se interessaram pelo projeto durante a 4ª Feira Internacional Para Intercâmbio das Boas Práticas Socioambientais, realizada em São Paulo no mês de julho, o que pode resultar em futuras parcerias. “Estamos nos preparando para que isso aconteça o quanto antes e que a sociedade seja a maior beneficiada com nosso projeto”, espera o professor.
O coco verde é um dos produtos mais consumidos no litoral brasileiro. Garante a hidratação e a nutrição do corpo nos dias mais quentes, ao repor os minerais que são perdidos com a transpiração. O coco, porém, após ser consumida a sua água, representa um desafio para a administração das cidades. Descartados na areia, levam cerca de dez anos para se decompor e, durante esse tempo, podem servir de abrigo e alimento para algumas pragas.
Dados da Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana), do Rio de Janeiro, indicam que o coco representa 60% do lixo coletado nas praias da cidade. Entre 36 e 42 toneladas são recolhidas em uma semana, durante a alta temporada. Nos finais de semana, a quantidade sobre para 60 a 72 toneladas no sábado e 90 a 108 toneladas aos domingos.
Algumas iniciativas já estão sendo desenvolvidas, no país, para dar um destino ambientalmente correto para esse tipo de resíduo. No Rio de Janeiro, o Projeto Coco Verde realiza a reciclagem da casca do coco, em um processo que dá origem a diversos produtos.
A empresa foi criada em 1999, quando apenas vendia a fruta. No decorrer da atividade, deparou com o problema das cascas de coco geradas pelo seu próprio negócio. “Após inúmeras pesquisas, foi desenvolvida uma tecnologia única para reciclagem e transformação desse resíduo em vários produtos. Isso se tornou a atividade principal da empresa, garantindo a sobrevivência e o crescimento da mesma”, diz Philippe Jean Herni Mayer, gerente de projetos da Coco Verde RJ.
Por meio do processo de reciclagem são reaproveitadas, principalmente, as fibras do coco, que resultam em produtos para paisagismo, jardinagem e decoração, como vasos que substituem o xaxim, uma planta ameaçada de extinção no país. A fibra reciclada também pode ser aproveitada como isolante térmico e acústico e na fabricação de forros de carros, estofamentos e cordas.
Em Fortaleza (CE), a CoobCoco (Cooperativa de Beneficiamento da Casca do Coco Verde), utiliza tecnologia desenvolvida por pesquisadores da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) para a reciclagem do coco. O pó resultante do processo, além das fibras, também é aproveitado, sendo utilizado para a produção de substratos agrícolas.
Projeto Premiado – No início de agosto, o professor Eraldo Martins, do curso de edificações da Escola Técnica Estadual Professor Agamemnom Magalhães (ETEPAM), em Recife (PE), venceu a etapa nacional do prêmio Educadores Inovadores, promovido pela Microsoft, com o projeto Construcoco.
O projeto prevê a utilização da fibra do coco em conjunto com barro para a fabricação de tijolos. “Não escolhemos o coco à toa. A decisão foi feita após considerar os benefícios à sociedade que o projeto poderia trazer. Dados da Elus, empresa de limpeza urbana de Recife, mostram que 70% do lixo gerado na faixa litorânea é proveniente do coco”, diz o professor Eraldo Martins.
A expectativa, agora, é conseguir uma máquina de prensa hidráulica para a fabricação dos tijolos e outra para triturar o coco verde. “Acreditamos que, com os equipamentos necessários para estudo e desenvolvimento do projeto, será possível construir e levar esse conhecimento a diversas instituições, comunidades e projetos sociais”, declara Eraldo.
De acordo com o professor, muitas empresas se interessaram pelo projeto durante a 4ª Feira Internacional Para Intercâmbio das Boas Práticas Socioambientais, realizada em São Paulo no mês de julho, o que pode resultar em futuras parcerias. “Estamos nos preparando para que isso aconteça o quanto antes e que a sociedade seja a maior beneficiada com nosso projeto”, espera o professor.